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Diretor afirma que Sanepar previa falta d'água em PG somente em 2026

Depoente também afirmou que atrasos na adutora do Pitangui são resultado da complexidade da obra

Gerente de investimentos da Sanepar, Joel Pires, prestou esclarecimentos aos membros da CPI da Sanepar
Gerente de investimentos da Sanepar, Joel Pires, prestou esclarecimentos aos membros da CPI da Sanepar -

Publicado por Kadu Mendes

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A Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) que investiga a Companhia Paranaense de Abastecimento (Sanepar) pela falta de água em Ponta Grossa, ouviu, nesta quinta-feira (13), o gerente de investimentos da empresa, Joel Pires, responsável pelas licitações e desenvolvimento de projetos. A oitiva que teve início às 14h, contou com a presença dos vereadores Guilherme Mazer (PT), presidente da CPI, Joce Canto (PP), Léo Farmacêutico (União Brasil) e Leandro Bianco (Republicanos).

Com relação à obra da adutora do Rio Pitangui e da ampliação da estação de tratamento de água, o gerente foi questionado se teria conhecimento da necessidade da obra. “Tenho conhecimento de todo o processo que envolve esta obra, que foi solicitada ao setor de engenharia em julho de 2019. Em dezembro do mesmo ano, realizamos o levantamento topográfico, desde a captação do Pitangui, até a estação de tratamento, que fica no Jardim Carvalho. Em agosto de 2020 realizamos o projeto base e, em maio de 2021 a obra foi licitada”, contou o gerente da Sanepar.   

Na sequência, ao ser perguntado se caso a obra tivesse sido executada anteriormente, a cidade ainda estaria enfrentando problemas com a falta de água, Joel afirmou que não estaria. “Não estaria faltando água. A obra entraria em funcionamento em abril de 2022 e o nosso IDP, referente ao índice de produção, estaria em 89%, ou seja, estaríamos demandando 89% da produção, hoje esse índice é de 97%”, explicou.  

Sobre o prazo de entrega da obra, Joel explicou que o atraso se deve pela complexidade que envolve o projeto e por intercorrências durante as escavações, que resultaram na prorrogação do contrato por mais 15 meses. “Quando fomos cruzar a rotatória da UTFPR, nos informaram que a região era municipalizada, não de competência do DER. Mas na ocasião, o DER entrou com embargo suspendendo o contrato por mais 8 meses, ou seja, foram 23 meses de atraso das obras”, disse.  

"Como o prazo ficou pequeno, precisamos refazer a licitação, que também passou por problemas, tivemos licitações fracassadas e desertas. A nova licitação tem como prazo 16 de agosto de 2025, mas estamos fazendo uma força-tarefa, modificando algumas coisas do projeto para entregar a obra até o final de março, se ocorrer tudo certo, ou seja, 5 meses antes do prazo previsto em contrato”, concluiu o gerente.  

Ao ser perguntado sobre a realização de estudos para resolução definitiva da falta de água, por parte da Sanepar, Joel explicou que estudos são realizados de forma plurianual pela área de engenharia.

  "Verificamos o crescimento da cidade e a necessidade da realização de obras, seguindo curvas de tendência e as áreas que são prioridade. Os estudos previam a possibilidade da falta de água em 2026, mas com as mudanças climáticas, que têm resultado no aumento do consumo, o problema foi antecipado"

Joel Pires Gerente de investimentos da Sanepar
  

OUTRAS CONVOCAÇÕES - Nas primeiras oitivas da CPI da Sanepar, a Comissão convocou a comparecer na Casa de Leis, o ex-secretário de Meio Ambiente, Sandro Bandeira, e a atual secretária da pasta, Carla Kritski.

Das assessorias

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